Sorria sempre, msm q seja um sorriso triste... pois o mais triste é não sorrir...

Sorria sempre, msm q seja um sorriso triste... pois o mais triste é não sorrir...
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Minha Mãe. Pescadora de si mesma!

Um dia, um mês, um ano, doze anos.... Quando será que a gente pára de contar o tempo? Talvez quando descobrimos que algumas saudades são eternas...
Foi minha mãe que me ensinou a pescar. Mminha mãe era uma pescadora. Pescadora de sonhos, pescadora de ilusões, pescadora de alegrias. Ela pescava como ninguém. Pescava honestidade, bondade, talentos. Era uma pescadora generosa. Dava quanta linha fosse preciso pra que a luta fosse justa. Minha mãe pescava justiça.
Era pescadora de iscas poderosas e mãos firmes.
Foi minha Mãe que me ensinou a pescar. Desde que me conheço por gente, ali estava ela com seus olhos imensos, pronta pras lições que eu teria que aprender. Pronta pra segurar comigo a vara quando algum peixe maior quisesse me derrubar. Minha mãe. Pescadora de si mesmo. Uma pescadora-pavão. Ela era admirada por todos. Ajudava a uma infinidade de pessoas que cruzavam o mesmo rio, no mesmo barco com ela. Preocupada em ser sempre correta... Minha mãe era uma pescadora. Pescava melodias com seu canto esquecido e raro, pescava sorte, pescava jardins bem cuidados, como disse uma amig: Pescava pérolas, pescava tesouros. Pescava e cozinhava os peixes em temperos perfeitos, que a criançada comia com as mãos... A criança em mim ainda sente o sabor das comidas dela... Minha mãe pescava sobrevivência. Pescava risadas, pescava palavras, pescava conhecimentos. Era uma mulher muito inteligente e sábia o minha mãe-pescadora. Foi minha mãe que me ensinou a pescar... Pescar nos rios da vida... Hoje, ela não está mais aqui. Foi pescar em outros rios, em águas mais puras e profundas. Foi fisgar outros peixes. Há doze anos ela se foi...
Minha mãe, no fundo era também o próprio peixe, lutando pela vida com ferocidade. Lutou até o fim, bravamente. Minha Mãe. Pescadora de si mesma!


“E mesmo sem ter ver, acho até que estou indo bem (…)
Quero que saibas que me lembro queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte,
pra ser honesto só um pouquinho infeliz, Mas tudo bem…”

(Renato Russo)

Um comentário:

  1. Minha florzinha, gostei do que você escreveu, você está de parabéns e deve continuar. Como uma tia, como amiga quero lhe dizer que eu só não concordo com as abreviaturas das palavras. A Internet tem contribuído para as pessoas desaprenderem a lingua portuguesa. Nós não podemos permitir isso. Escrever errado todos nós escrevemos, mas escrever errado por opção é incompreensível. Você tem uma fluência muito grande para escrever, tem o dom, precisa cuidar dele como se cuida de uma planta tenra... muito atentamente, lendo muito, aprendendo cada dia mais e assim você conquistará e dominará essa arte de se comunicar que é muito importante em todas as épocas, mas principalmente na atualidade.
    Escreva, continue escrevendo, mas escreva por inteiro, escreva o nosso Português da melhor forma que você puder, então você estará prestando uma contribuição muito grande que é a de não aderir ao modismo que está deturpando nosso idioma tão rico.
    No mais linda, tudo de bom, gostei de tudo que vi aqui... o poema da sua mãe, a minha grande amiga-irmã... só me resta parabenizá-la. Voltarei sempre. Grande abraço e que Deus te abençôe e ilumine a sua Vida.

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